Saturday, October 30, 2004

Together forever

Aquela garota de olhos e cabelos castanhos nem sempre esteve ali, do outro lado da rua. Ela foi embora algumas vezes, mas nunca foi um grande problema. Tudo bem, não seriam mais simples passos até a porta da casa dela mas ele tinha uma bicicleta. Passos, bicicleta, carro e por fim um avião. É, não eram só eles que cresciam ...

Já o garoto de jaqueta verde nunca saiu do lugar, é verdade, mas isso também não significa que ele esteve sempre lá. Por muitas vezes ela quis mais do que uma simples erguida de sobrancelha e um olhar de quem não sabia o que dizer. Por muitas vezes ela só quis ouvir o que ele sempre sentiu mas nunca disse.

Férias de verão, fim de semana numa cabana próxima a um lago, garotos mais velhos. Nem sempre eles foram um do outro. Precisava? Eles podiam ir na certeza de que no final estariam de volta, cada um no seu devido lugar. Ele é o homem da vida dela e ela é a mulher da vida dele. Isso é fato, agora deixem eles soltos um pouco ...

Não existe nada mais puro e inocente do que o amor que um tem pelo o outro. O jeito como ela olha para ele, o jeito como ele a vê. Suas lágrimas, suas brigas, suas palavras. Por quantas vezes ele não passou frio para aquecê-la com sua jaqueta verde? Quantas vezes um não copiou a tarefa dada pela professora enquanto o outro estava doente?

Você pode escutar muitos "eu te amo" por aí, pode receber as melhores declarações de amor.
Mas quantas delas duram? Quantas sobrevivem a tantos anos, quantas sobrevivem a indas e vindas? Tente um dia escutar as promessas que vêm do coração de um jovem, estas sim sobrevivem.






Thursday, October 21, 2004

Princesa

Não era a mais bela, nem a mais carinhosa. Tinha um olhar terrível, assustador. Gostava de ficar só, assitia tudo de longe, nunca demosntrou fraqueza, nem dor. Era pequenina, uma verdadeira bola. Mesmo assim não miou, não gemeu uma vez sequer quando seus 6 filhotes vieram.

Não é brincadeira, nem exagero. Eu vi 5 deles nascerem e ela continuava firme como sempre. Os dias se passaram e ela parecia a mesma, sem se importar com seus filhotes. (que infelizmente agora são 5) Era só impressão, se você chegasse perto deles, ela surgia com um tiro para protegê-los.

Ela nunca foi de comer, mas com deveres a cumprir a fome sempre aparece. Preparei um belo prato e levei até seu ninho. Os garotinhos estavam lá, dormindo um em cima do outro; ela deveria estar lá na frente de casa tomando um ar puro. Ela adorava fazer isso, ficar em frente de casa bem quieta no lugar mais escuro possível sem mover uma pata sequer.

Quando abri a porta ela não veio ao meu encontro como o de costume. Chamei-a mas não foi preciso repetir o chamado. Eu a vi no meio da rua, deitada. Olhei o suficiente para saber que era um gato, mas você sente quando acontece. Chamei meus pais e eles confirmaram.

Mal pude imaginar que a dor maior viria somente depois: 5 gatinhos de apenas 7 dias miando desesperados atrás da mãe. Quando você se aproxima deles, eles miam para chamar a mãe e esta os protegê-los. Se ela não aparece, eles miam cada vez mais e seus coraçõezinhos batem cada vez mais rápido de medo.

Talvez eles não sobrevivam, disse a veterinária. Tentamos dar mamadeira para eles. No começo eles recusaram, cuspiam tudo, engasgavam. Depois acabaram aceitando, uns mais facilmente que os outros. É indescritível a sensação de vê-los mamar. É algo muito forte e bonito. Você, ao segurar a mamadeira, sente a força de suas sugadas. Sente que eles estão bem, seguros por estarem em seus braços.

Wednesday, October 20, 2004

Dias em que não vejo luz e túnel algum

7 dias endiabrados, 2 dias com um belo mal humor onde fico deitada (eu não disse dormindo) 23 das 48 horas possíveis. Tudo se repetindo exatamente como aconteceu há 30 dias. Felicidade? Ôpa, isso é o mais próximo que consigo chegar do paraíso.
obs: mas a ironia que acompanha é uma beleza, não acham??

Thursday, October 07, 2004

Boas Vindas

Espero encontrar pessoas que há tempos não vejo. E não se trata de uma ou duas e sim de todas elas. Espero rir até sentir minha barriga doer, receber abraços bem fortes e demorados. Quero dar a essas pessoas o meu melhor sorriso e também contar a minha melhor piada.

Espero ver as mesmas brincadeiras e até mesmo escutar as mesmas múscias. E mesmo esperando o de sempre, só verei coisas novas. Novos penteados, novas idéias, novos sonhos e até mesmo novas preferências sexuais. A única coisa que não mudará é o modo de como eles me deixam feliz.