Ao Mesmo Tempo
Vi no blog de uma grande garota algo que eu também havia escrito. Como não escrevi aqui e sim em qualquer outro lugar, vou falar um pouco sobre o assunto. Trata-se do medo. Medo de infância, traumas, "medo bobo" como gente grande adora falar.
O meu por exemplo é do Bob, um espírito do mal que aparece nas horas e locais mais inesperados de um antigo seriado chamado Twin Peaks. Era cabeludo, tinha barba (muito) por fazer e usava jeans. Fácil formar um corpo com essas características, não? Pode ser qualquer um ... E talvez exatamente por ser uma "pessoa comum", ele me assute tanto.
Sendo comum eu posso vê-lo em qualquer lugar. Diferente do assassino do "Eu Sei O Que Vocês Fizeram...", que eu só possa imaginar em lugares escuros e úmidos. (vai me entender ...) O Bob se encaixa tanto no armário do meu quarto, quanto no banheiro da escola ou como atrás de mim nesse exato momento. (Medo? Não, não! Só não olho para trás agora porque dei um mau jeito no pescoço.) Ele não é uma fantasia e sim uma pessoa, por isso ele pode me acompanhar para onde eu quer que vá.
Enfim, posso gastar parágrafos com esse meu medo. E por mais arrepios, tremores e pesadelos que o Bob possa me dar, talvez eu não queira que ele vá embora. Essa minha "ponte para a infância" (Posso usar essa expressão, grande garota? ) me impede que eu prossiga e me torne uma pessoa que vá dizer por aí que seus filhos têm "medos bobos".
Há 4 anos uma professora, em sua despedida, me disse para nunca crescer. Na ocasião em que me disse soou mais verdadeiro do que um simples "Seja feliz". E essa frase mexeu tanto comigo que, para cada coisa que eu faça ou escreva, eu analiso bem para ver se não me tornei a idiota que ela pediu que eu nunca fosse.
Não me policio por ela e sim por mim. Essa professora somente disse o que eu queria escutar e da melhor maneira possível, com sinceridade nos olhos. Naquela época eu via os adultos e pensava que esse seria o meu (triste) fim. Que em algum momento eu passaria pela lavagem cerebral e esqueceria tudo de importante que eu havia aprendido. Mas aí ela apareceu para me mostrar que era possível continuar assim, que eu não precisaria crescer nunca na vida.
Os adultos não têm medo, ele somente "temem": a criminalidade, o desemprego, a corrupção. Por isso morrem cedo, aliás, espero que morram cedo. Eu já vi o Bob, vi como ele é, por onde anda e o que faz. Mas alguém já viu a criminalidade? Ela usa capuz e um gancho? O desemprego arrasta correntes e tem uma risada diabólica? Agora, o que é bobo, afinal? O meu pelo menos existe.
Não vou dizer isso para todos que conheço, aliás, até desejo que muitos cresçam de uma vez. Mas para você eu digo, grande garota, não cresça nunca.
O meu por exemplo é do Bob, um espírito do mal que aparece nas horas e locais mais inesperados de um antigo seriado chamado Twin Peaks. Era cabeludo, tinha barba (muito) por fazer e usava jeans. Fácil formar um corpo com essas características, não? Pode ser qualquer um ... E talvez exatamente por ser uma "pessoa comum", ele me assute tanto.
Sendo comum eu posso vê-lo em qualquer lugar. Diferente do assassino do "Eu Sei O Que Vocês Fizeram...", que eu só possa imaginar em lugares escuros e úmidos. (vai me entender ...) O Bob se encaixa tanto no armário do meu quarto, quanto no banheiro da escola ou como atrás de mim nesse exato momento. (Medo? Não, não! Só não olho para trás agora porque dei um mau jeito no pescoço.) Ele não é uma fantasia e sim uma pessoa, por isso ele pode me acompanhar para onde eu quer que vá.
Enfim, posso gastar parágrafos com esse meu medo. E por mais arrepios, tremores e pesadelos que o Bob possa me dar, talvez eu não queira que ele vá embora. Essa minha "ponte para a infância" (Posso usar essa expressão, grande garota? ) me impede que eu prossiga e me torne uma pessoa que vá dizer por aí que seus filhos têm "medos bobos".
Há 4 anos uma professora, em sua despedida, me disse para nunca crescer. Na ocasião em que me disse soou mais verdadeiro do que um simples "Seja feliz". E essa frase mexeu tanto comigo que, para cada coisa que eu faça ou escreva, eu analiso bem para ver se não me tornei a idiota que ela pediu que eu nunca fosse.
Não me policio por ela e sim por mim. Essa professora somente disse o que eu queria escutar e da melhor maneira possível, com sinceridade nos olhos. Naquela época eu via os adultos e pensava que esse seria o meu (triste) fim. Que em algum momento eu passaria pela lavagem cerebral e esqueceria tudo de importante que eu havia aprendido. Mas aí ela apareceu para me mostrar que era possível continuar assim, que eu não precisaria crescer nunca na vida.
Os adultos não têm medo, ele somente "temem": a criminalidade, o desemprego, a corrupção. Por isso morrem cedo, aliás, espero que morram cedo. Eu já vi o Bob, vi como ele é, por onde anda e o que faz. Mas alguém já viu a criminalidade? Ela usa capuz e um gancho? O desemprego arrasta correntes e tem uma risada diabólica? Agora, o que é bobo, afinal? O meu pelo menos existe.
Não vou dizer isso para todos que conheço, aliás, até desejo que muitos cresçam de uma vez. Mas para você eu digo, grande garota, não cresça nunca.
1 Comments:
Meu comentário está aqui: www.camposeliseos.blogspot.com
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