Aos 14 Anos
Tive um amigo nessa idade, ele era japonês, daqueles com cara de safado. Não entendia direito, mas nem sempre ele estava de bem com os garotos da sala. Tudo bem, ele sempre esteve de bem comigo. Foi com em pequeno garoto que comecei a abraçar meus amigos, simplesmente para sentí-lo ao meu lado, para ter aquela sensação tão boa de receber um abraço.
Como eu disse, os garotos às vezes o ignoravam porque o popular da sala fazia isso. Não sei se era o colégio particular, mas essas coisas de seguir o popular sempre existiram no nosso ginásio. Já me disseram que eu era popular, mas acho que essa minha popularidade afetava os outros de uma maneira diferente. Nunca nenhuma das garotas vieram atrás de mim para jogar futebol depois da aula ...
Bom, só sei que a última semana de setembro estava especial para mim pois aquele meu amigo estava feliz. Na sala de aula, por várias vezes meu olhar encontrou o dele ao acaso. Ele sentava duas carteiras à minha esquerda e a todo momento nossos olhos se cruzavam. Passamos a achar graça disso tudo e ríamos como duas crianças que éramos. Na sexta-feira, uma turma veio à minha casa e resolvemos voltar no tempo e brincar de esconde-esconde no meio da rua. Há tempos não nos divertíamos daquele jeito, nem nos importamos com o movimento dos carros. (já que era uma sexta à noite e a minha rua é a única que dá acesso à avenida de ponto de encontro dos jovens)
Me senti viva essa semana, feliz. E é esse sentimento que se mantêm em meu coração que fará com que eu nunca esqueça esse meu amigo. É isso que me mostra que, apesar daquela semana ter sido a última de sua vida, ele ainda continua comigo, "me abraçando". Por muitos anos senti sua falta e agora acho que posso sentir o seu amor. Meu choro não é mais de tristeza, ele vem instintivamente com as lembranças boas que passamos juntos.
Como eu disse, os garotos às vezes o ignoravam porque o popular da sala fazia isso. Não sei se era o colégio particular, mas essas coisas de seguir o popular sempre existiram no nosso ginásio. Já me disseram que eu era popular, mas acho que essa minha popularidade afetava os outros de uma maneira diferente. Nunca nenhuma das garotas vieram atrás de mim para jogar futebol depois da aula ...
Bom, só sei que a última semana de setembro estava especial para mim pois aquele meu amigo estava feliz. Na sala de aula, por várias vezes meu olhar encontrou o dele ao acaso. Ele sentava duas carteiras à minha esquerda e a todo momento nossos olhos se cruzavam. Passamos a achar graça disso tudo e ríamos como duas crianças que éramos. Na sexta-feira, uma turma veio à minha casa e resolvemos voltar no tempo e brincar de esconde-esconde no meio da rua. Há tempos não nos divertíamos daquele jeito, nem nos importamos com o movimento dos carros. (já que era uma sexta à noite e a minha rua é a única que dá acesso à avenida de ponto de encontro dos jovens)
Me senti viva essa semana, feliz. E é esse sentimento que se mantêm em meu coração que fará com que eu nunca esqueça esse meu amigo. É isso que me mostra que, apesar daquela semana ter sido a última de sua vida, ele ainda continua comigo, "me abraçando". Por muitos anos senti sua falta e agora acho que posso sentir o seu amor. Meu choro não é mais de tristeza, ele vem instintivamente com as lembranças boas que passamos juntos.